Discriminação no consumo: quando as mulheres sofrem isso?

A discriminação da mulher ainda é alvo constante de discussões e campanhas de conscientização. Infelizmente, essa prática ainda está presente em diversas situações do dia a dia, inclusive nas relações de consumo.

O combate a essas práticas é constante: o dia 8 de março, conhecido como “Dia Internacional da Mulher”, foi criado pela Organização das Nações Unidas para simbolizar a luta das mulheres pela igualdade de direitos.

Devido à relevância do assunto, preparamos este conteúdo para explicar algumas situações em que as mulheres ainda são discriminadas nas relações de consumo e a importância de combatê-las. Confira!

Diferença de preço entre homens e mulheres

Essa é uma prática bastante comum em estabelecimentos que cobram um valor de entrada, como as casas noturnas. Nesse caso, os ingressos femininos têm valor inferior ao dos homens, mas apesar de, à primeira vista, parecer que essa é uma vantagem para as mulheres, o assunto é bem mais profundo.

A discussão surgiu porque essa é uma prática aplicada com o objetivo de aumentar o marketing da festa: frequentemente, a figura feminina é usada em propagandas como forma de atrair o público masculino. No caso das festas, a entrada com valor menor incentiva as mulheres a comparecer e, por consequência, aumentaria o número de homens interessados.

Atualmente, a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão vinculado ao Ministério da Justiça, definiu que não há ilegalidade, apesar de já ter proibido a prática em 2017. Por outro lado, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), entende que ela é, sim, discriminatória.

Reforço de estereótipos nas propagandas

Uma prática discriminatória que, muitas vezes, acaba não sendo notada devido à construção social existente são as publicidades que reforçam estereótipos. As propagandas de utensílios de cozinha, produtos de limpeza e outros equipamentos relacionados às tarefas domésticas são associadas às mulheres, reforçando a ideia de que elas devem ser as responsáveis pelos cuidados da casa.

Outro exemplo comum é o aumento de promoções desse tipo de mercadoria e de produtos de beleza em datas especiais como dia da mulher ou dia das mães. A discriminação consiste em acreditar que o mundo feminino se resume aos afazeres domésticos e na necessidade de investir na estética.

O que nos leva a outro problema importante sobre os estereótipos: a objetificação e a hiperssexualização da figura da mulher em propagandas que pretendem conquistar o público masculino. Inclusive, essa era uma prática comum na publicidade de cervejas, mas que está perdendo espaço devido à conscientização cada vez maior da população.

Custo mais elevado (taxa rosa)

Você já ouviu falar na taxa rosa ou pink tax? Muitas pessoas ainda não conhecem esse conceito, mas ele demonstra outra prática discriminatória sofrida pelas mulheres. Ele trata da diferença de custo que determinados produtos apresentam simplesmente por serem destinados ao público feminino.

Estudos realizados pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) em 2018 comprovaram que a diferença de preço de produtos destinados para as mulheres eram, em média, 12,3% mais caros do que os mesmos itens feitos para o público masculino.

Apesar de não existirem leis ou decisões judiciais que definam a taxa rosa como abusiva, não deixa de ser um comportamento discriminatório, gerado pela imagem de que a mulher é consumista. Isso é reforçado pela construção social de que as mulheres precisam se cuidar mais ou que ser mulher é mais caro.

Além dessas, ainda existem outras situações que podem surgir no dia a dia: tentativas de venda de serviços desnecessários por comerciantes que acreditam que as mulheres não entendem de determinado assunto — problemas com veículos são um ótimo exemplo de quando isso acontece.

Em qualquer situação, sempre que você sentir que foi alvo de discriminação da mulher, procure os seus direitos. As denúncias são fundamentais para a conscientização da população e das empresas, além de exercer um papel importante na luta pela igualdade.

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